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A coordenadora de inteligência artificial Junia Pimentel, 26, e o desenvolvedor Victor Cesconetto, 25  Foto Kadidja Fernandes AT  Grandes indústrias buscam novos inventores para resolver problemas como otimizar processos e melhorar operações. Dessa necessidade, surge uma série de oportunidades. 

A gerente de Inovação do Findeslab, Naiara Galliani, explicou que iniciativas como o Programa de Empreendedorismo Industrial, que vai publicar edital no ano que vem, fazem essa ponte entre o que a indústria precisa e as soluções que as startups têm a oferecer.

As startups aprovadas no projeto desenvolvem a solução com o apoio do Findeslab e outras instituições. “As indústrias possuem grandes dasafios e grandes oportunidades”, lembrou. 

Uma dessas startups é a IndustriALL, que desenvolveu uma inteligência artificial para criar um cronograma de manutenção otimizado para empresas.  Com a otimização,  é possível realizar 10% mais ordens de manutenção com a mesma quantidade de recursos.

A coordenadora de inteligência artificial Junia Pimentel, 26, e o desenvolvedor Victor Cesconetto, 25, fazem parte do time que desenvolveu o projeto.  

O CEO da startup, Rodrigo Dal Moro, explicou que só para uma indústria de grande porte, a economia anual gira em torno de 15 milhões. “Em seis meses, esse produto já está em quatro setores mineração, siderurgia, celulose e pape e bioenergia. É replicável.” 

Outra startup que também está desenvolvendo produtos que podem contribuir para a economia na indústria é a Endelevo. O sócio fundador João Vitor Valdo Freire explicou que um dos projetos é voltado para a produção de envoltórios energeticamente eficientes para a construção civil. 

A startup utiliza uma estrutura de fachada ventilada, afastada da edificação, que pode integrar placa solar e ser revestida com jardins verticais ou revestimento sustentável convencional. A placa capta a luz solar, o jardim vertical proporciona uma redução de 12ºC na temperatura ambiente e o revestimento sustentável impede a radiação solar direta.

O retorno do investimento é imediato, considerando a valorização do imóvel. “Acabamos de fazer a primeira implementação. As previsões de economia giram em torno de 70% com sistemas de climatização. Além de gerar energia, há também o conforto térmico e a valorização do imóvel que é em pelo menos mais de 50%.”

O sistema foi implantado inicialmente em uma edificação residencial e comercial em Cariacica e é replicável para a indústria.

O desenvolvedor Victor Cesconetto, 25, contou que o time  teve  que trabalhar em cima de uma tecnologia de inteligência artificial bem diferente das usadas normalmente. “Eu sempre quis fazer parte de algo que realmente mudasse a realidade de algum setor”, contou.

A coordenadora de inteligência artificial Junia Pimentel, 26,  explicou que conseguir levar a indústria para o futuro, nesse movimento de transformação digital, é gratificante. “A economia de dinheiro é uma consequência.”

Sérgio Teixeira é CEO da SenseUP, uma startup que desenvolveu uma plataforma que facilita e agiliza a programação das integrações entre sistemas. 

“No modo tradicional uma integração pode levar em média 340 horas de um time de profissionais de tecnologia da informação. Em um valor médio de R$ 120 a hora, temos um custo médio de R$ 40.800 por integração. Com a nossa plataforma, a empresa consegue fazer a mesma integração com um tempo médio de 30 horas, considerando o mesmo valor hora daria R$ 3.600. Isso significa uma economia R$ 37.200 por integração”, calculou.

> Por meio do Programa Empreendedorismo Industrial do Findeslab, é lançado um edital com problemas da indústria a serem resolvidos, e as startups apresentam propostas de solução.  Os escolhidos têm apoio para se  desenvolver. 

> Os editais são publicados em setembro. O deste ano está em fase de escolha dos projetos. Cada projeto selecionado neste ano receberá até R$ 220 mil para o desenvolvimento, acesso  ao coworking e apoio dos 

> Além desse projeto, há diversas outras iniciativas no Estado que fomentam o ambiente de inovação. Na UCL, por exemplo, existe uma indústria escola, em que os alunos têm atividades para identificar problemas e propor  melhorias que podem ser replicadas.

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