Hozier faz melhor show do Lolla até agora com simpatia, blues indie rock e vozeirão

Cantor irlandês estreou no Brasil ao se apresentar no Lollapalooza neste sábado. Auge do show, como esperado, foi no final com hit 'Take me to Church'. Hozier encerra show no Lolla 2024 com 'Take Me to Church' Fora do Brasil, o talento de Hozier o fez ser atração principal em festivais como o Lollapalooza americano, com o nome no topo do cartaz. Na edição paulistana do festival, neste sábado (23), o cantor irlandês se apresentou no fim de tarde, no segundo espaço mais importante do evento. Merecia mais. A reação do público foi digna de um esmerado coadjuvante, e dono da até agora melhor performance vocal de um evento marcado por tantos vocalistas pouco inspirados. Havia fãs cantando perto da grade, é claro, mas a maioria parecia formada por curiosos ocupando o tradicional morrinho desse palco. Também merecia mais. FOTOS: Veja imagens do 2º dia de Lollapalooza 2024 A estreia de Hozier no Brasil só engrenou mesmo no final, com o único grande hit dele, a solene e impactante "Take Me to Church". Foi com essa música que Andrew John Hozier-Byrne, de 34 anos, surgiu em 2013. Hozier se apresenta no Palco Samsung Galaxy do Lollapalooza 2024 Fabio Tito/g1 Essa balada soul acabou se tornando maior do que o próprio artista. A música chegou ao segundo lugar da principal parada americana, cravou o primeiro lugar em 12 países e virou um hino LGBT. Ele usa expressões religiosas para falar sobre um casal gay que tem seu amor desaprovado pela Igreja. O cantor de 1,98 m falou várias expressões em português, como "Obrigado pessoal", "Que lindo" e "Tudo bom". Em inglês, elogiou a plateia: "O público brasileiro é conhecido pelo barulho que ele faz." E apresentou a bonita versão voz e violão de "Cherry Wine" de forma curta e poética: "Esse é um instrumento tão pequeno para uma plateia tão grande". Hozier se apresenta no Palco Samsung Galaxy do Lollapalooza 2024 Fabio Tito/g1 Além dos gracejos, a voz foi usada para cantar letras complexas (para o pop atual), com timbre grave, sensual e com mais curvas do que os já citados morrinhos. A quantidade de referências em cada letra de música costuma ser absurda, enfileiradas de maneira quase enciclopédia. "Almost (Sweet Music)", deixada para a reta final do setlist, tem menções a uma trilha de filme cult dos anos 40 e a Chet Baker, Duke Ellington e outros jazzistas. Há alguma coisa de jazz no som, mas se tiver que ser citado um rótulo mais específico, um bom seria blues indie rock. A base de todo arranjo quase sempre é uma combinação bem blueseira de guitarra e voz versando sobre algum tema sofrido. Tem isso, mas também tem um vernizinho de rock alternativo de festival. Talvez por isso, o show se encaixou tão bem no line-up do Lolla. Fãs acompanham apresentação de Hozier no Lollapalooza 2024 Fabio Tito/g1

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Cantor irlandês estreou no Brasil ao se apresentar no Lollapalooza neste sábado. Auge do show, como esperado, foi no final com hit 'Take me to Church'. Hozier encerra show no Lolla 2024 com 'Take Me to Church' Fora do Brasil, o talento de Hozier o fez ser atração principal em festivais como o Lollapalooza americano, com o nome no topo do cartaz. Na edição paulistana do festival, neste sábado (23), o cantor irlandês se apresentou no fim de tarde, no segundo espaço mais importante do evento. Merecia mais. A reação do público foi digna de um esmerado coadjuvante, e dono da até agora melhor performance vocal de um evento marcado por tantos vocalistas pouco inspirados. Havia fãs cantando perto da grade, é claro, mas a maioria parecia formada por curiosos ocupando o tradicional morrinho desse palco. Também merecia mais. FOTOS: Veja imagens do 2º dia de Lollapalooza 2024 A estreia de Hozier no Brasil só engrenou mesmo no final, com o único grande hit dele, a solene e impactante "Take Me to Church". Foi com essa música que Andrew John Hozier-Byrne, de 34 anos, surgiu em 2013. Hozier se apresenta no Palco Samsung Galaxy do Lollapalooza 2024 Fabio Tito/g1 Essa balada soul acabou se tornando maior do que o próprio artista. A música chegou ao segundo lugar da principal parada americana, cravou o primeiro lugar em 12 países e virou um hino LGBT. Ele usa expressões religiosas para falar sobre um casal gay que tem seu amor desaprovado pela Igreja. O cantor de 1,98 m falou várias expressões em português, como "Obrigado pessoal", "Que lindo" e "Tudo bom". Em inglês, elogiou a plateia: "O público brasileiro é conhecido pelo barulho que ele faz." E apresentou a bonita versão voz e violão de "Cherry Wine" de forma curta e poética: "Esse é um instrumento tão pequeno para uma plateia tão grande". Hozier se apresenta no Palco Samsung Galaxy do Lollapalooza 2024 Fabio Tito/g1 Além dos gracejos, a voz foi usada para cantar letras complexas (para o pop atual), com timbre grave, sensual e com mais curvas do que os já citados morrinhos. A quantidade de referências em cada letra de música costuma ser absurda, enfileiradas de maneira quase enciclopédia. "Almost (Sweet Music)", deixada para a reta final do setlist, tem menções a uma trilha de filme cult dos anos 40 e a Chet Baker, Duke Ellington e outros jazzistas. Há alguma coisa de jazz no som, mas se tiver que ser citado um rótulo mais específico, um bom seria blues indie rock. A base de todo arranjo quase sempre é uma combinação bem blueseira de guitarra e voz versando sobre algum tema sofrido. Tem isso, mas também tem um vernizinho de rock alternativo de festival. Talvez por isso, o show se encaixou tão bem no line-up do Lolla. Fãs acompanham apresentação de Hozier no Lollapalooza 2024 Fabio Tito/g1