Arinda da Cruz Sobral: conheça quem foi a primeira arquiteta do Brasil - Casa Vogue

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Segundo dados do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU-BR), entre os mais de 193 mil profissionais registrados na instituição, 64% são mulheres. Apesar de serem maioria atualmente, a figura feminina foi apagada da história da arquitetura, que prioriza o legado de seus expoentes masculinos.

Porém, isso não quer dizer que representantes femininas da área não existiam em décadas passadas: é o caso de Arinda da Cruz Sobral (1883 - 1981), que se consagrou como a primeira arquiteta do Brasil ao entrar na Escola Nacional de Belas Artes (ENBA) no Rio de Janeiro – a única que oferecia o curso de Arquitetura até 1930. Arinda começou seus estudos em 1907 e teve sua formação noticiada no jornal carioca O Paiz em 1911.

“O mundo da arquitetura era profundamente masculino. A chegada da Arinda no curso chegou a ser reconhecida, tamanha era a novidade”, explica a historiadora Camila Belarmino, autora de uma pesquisa de doutorado ainda em andamento que investiga a trajetória de arquitetas entre a década de 1910 e 1960.

Além de ter sido a primeira mulher a fazer o curso de Arquitetura do ENBA, Arinda tinha uma carreira consolidada como professora — Foto: A Ilustração Brasileira (FRA). Rio de Janeiro, jan.1921. Divisão de Periódicos da Fundação Biblioteca Nacional

Além de explorar a trajetória das 28 primeiras mulheres matriculadas no curso de Arquitetura do ENBA, Camila Belarmino constatou outras descobertas sobre a época de atuação dessas profissionais. Mesmo embaladas pela Primeira Onda do Feminismo e a saída das mulheres para o mercado de trabalho, as profissionais do universo da arquitetura enfrentaram obstáculos – e são invisibilizadas pela história.

“Apesar do reconhecimento, as mulheres encontravam resistências, já que acabavam ocupando funções ditas mais delicadas e sensíveis, como a parte de desenho e decoração”, conta a doutoranda do Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU) da USP. “A história privilegia a ideia do grande mestre criador, o que exclui uma série de outras identidades, como as mulheres. É um reflexo da própria exclusão presente na sociedade e na profissão”, completa.

Antes de se tornar arquiteta, Arinda já atuava como professora, fazendo parte do quadro da Prefeitura do Distrito Federal. Sua família era formada por pessoas de classe média, sendo muitos deles funcionários públicos no Rio de Janeiro. Além disso, quando entrou no curso da ENBA, Arinda se destacou diversas vezes por seu desempenho escolar, o que foi comprovado por anúncios em jornais sobre os resultados das avaliações das disciplinas.

“Antes mesmo de ingressar no curso, ela já fazia parte do universo das artes, já que promovia e participava de diversas atividades culturais dentro das escolas. Existe essa importância dela como uma pessoa envolvida nesse mundo da criação, que envolve a própria área de arquitetura”, comenta Camila.

Segundo o trabalho de investigação da pesquisa, Arinda da Cruz Sobral seguiu carreira como professora. Porém, a arquiteta deixou um legado para a cidade do Rio de Janeiro: a Capela São Silvestre, inaugurada em 1918. A construção conta com uma base feita de pedras, formato em nicho, fachada com tijolos e parte posterior convexa.

Localizada em uma área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), a construção teve sua inauguração marcada por festividades, que contaram com a presença do Marechal Hermes da Fonseca, Presidente da República da época. Apesar disso, a maioria das pessoas não conhecem a autoria da Capela São Silvestre.

“Por isso, é importante divulgar a trajetória de Arinda e de outras mulheres na imprensa e em instituições de ensino, além de trabalhar em conjunto com entidades para a promoção de discussões em torno dos currículos escolares, para que as estudantes se sintam representadas em sala de aula”, explica Camila Belarmino.

Além de uma carreira consolidada como professora, a profissional projetou a Capela São Silvestre, localizada em uma área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN)

Autora do bem-sucedido blog Casa de Valentina, a jornalista e influenciadora usa o seu extenso repertório de decoração para reformar a fazenda rústica da família no interior de São Paulo, repleta de peças garimpadas e arrematadas em leilão



Confira a matéria na íntegra em: https://casavogue.globo.com/arquitetura/gente/noticia/2023/03/arinda-da-cruz-sobral-primeira-arquiteta-do-brasil.ghtml




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