ESG além do crédito de carbono - Convergência Digital
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O investimento em pr?ticas ESG (em portugu?s, Governan?a Ambiental, Social e Corporativa) deixou de ser uma tend?ncia e tem sido uma pr?tica que ganhou for?a internacional. No Brasil, o tema j? ? destaque na agenda do presidente rec?m eleito, que prometeu priorizar as quest?es clim?ticas e de desmatamento em seu governo. Mas, ? medida que a tem?tica amadurece, surge a necessidade de quantificar o impacto e medir a performance dos investimentos.
De acordo com estudo publicado pela Deloitte e pelo Instituto Brasileiro de Rela??es com Investidores (Ibri), 87% das empresas listadas na B3 aumentaram sua preocupa??o com o ESG, incluindo o conhecimento do departamento de rela??es com investidores (RI) do tema. Das 475 empresas listadas na B3, 21% possuem um relat?rio de sustentabilidade ou focado em ESG. J? para as 92 empresas do ?ndice Ibovespa, esse mesmo percentual chega a 71%. Diante deste cen?rio, quais os tipos de m?tricas as empresas e os investidores podem adotar para avaliar o compromisso e a transpar?ncia no tema?
No que tange ? pegada ambiental, j? temos um importante sistema de valora??o o cr?dito de carbono, sendo reconhecido, inclusive, por metodologias como a da ONU (Organiza??es das Na??es Unidas). Por?m, ? preciso considerar que o carbono n?o ? tang?vel, diferente do solo e da ?gua. Por isso, as empresas que apostam em a??es socioambientais devem considerar os lastros como a ?gua, o solo e a biodiversidade para serem vinculados ao ativo de redu??o das emiss?es de carbono, ou seja, trata se de uma garantia e um fator que impacta na escolha das empresas que priorizam tais pr?ticas. E o ESG n?o para por a? e vai al?m da descarboniza??o.
No campo social, embora seja poss?vel medir o progresso das iniciativas, elas s?o mais demoradas, pois o indicador mais utilizado ? o IDH (?ndice de Desenvolvimento Humano), que ? realizado anualmente pelo Programa das Na??es Unidas para o Desenvolvimento Humano (Pnud). Por isso, h? espa?o para evoluir nessa agenda social de forma mais acelerada, adotando crit?rios pr?prios consistentes, inclusive comparativos, que permitem uma reestrutura??o, de fato, das mazelas sociais.
Destacam se como exemplos, a distribui??o de parte da receita das organiza??es a programas sociais e ambientais, assim como a implementa??o da agenda de diversidade e inclus?o para desenvolver uma for?a de trabalho mais diversa e diminuir as lacunas sociais nos locais onde s?o aplicadas a??es sustent?veis.
J? a governan?a corporativa, por sua vez, est? mais estabelecida em rela??o ?s m?tricas ESG. Isso porque, dentre os princ?pios da agenda, este ? extremamente relevante para os demais itens da pauta. Ao buscar pr?ticas que v?o al?m da lucratividade, as empresas melhoram a reputa??o entre os stakeholders, o que refletir? em aumento da carteira de clientes, atra??o e reten??o de talentos, melhores condi??es para compras e obten??o de cr?ditos e investimentos.
Para garantir esses benef?cios, as empresas precisam investir em processos audit?veis e verific?veis como seguran?a, certifica??es e blockchain, que permitir?o aos investidores e clientes aplicar a??es de Due Diligence e, assim, garantir que a cadeia de valor ESG esteja em compliance com o que se prega.
Como vimos, com o amadurecimento do ESG, espera se um foco maior dos investidores e das empresas em m?tricas para avaliar e auditar a??es no tema para al?m do marketing. Frente ao contexto apresentado, as iniciativas adotas para avan?ar na divulga??o ESG trar?o mais transpar?ncia ao mercado, sendo essa uma evolu??o necess?ria para que o novo modelo de atua??o das corpora??es seja, de fato, implementado e contribua para a preserva??o do meio ambiente e para a evolu??o de um mundo mais igualit?rio.
Phelipe Spielmann ? fundador e CEO da Bluebell, empresa de tecnologia ambiental respons?vel por criar e administrar ativos ambientais, conectando produtores e compradores de compensa??o ambiental.
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De acordo com estudo publicado pela Deloitte e pelo Instituto Brasileiro de Rela??es com Investidores (Ibri), 87% das empresas listadas na B3 aumentaram sua preocupa??o com o ESG, incluindo o conhecimento do departamento de rela??es com investidores (RI) do tema. Das 475 empresas listadas na B3, 21% possuem um relat?rio de sustentabilidade ou focado em ESG. J? para as 92 empresas do ?ndice Ibovespa, esse mesmo percentual chega a 71%. Diante deste cen?rio, quais os tipos de m?tricas as empresas e os investidores podem adotar para avaliar o compromisso e a transpar?ncia no tema?
No que tange ? pegada ambiental, j? temos um importante sistema de valora??o o cr?dito de carbono, sendo reconhecido, inclusive, por metodologias como a da ONU (Organiza??es das Na??es Unidas). Por?m, ? preciso considerar que o carbono n?o ? tang?vel, diferente do solo e da ?gua. Por isso, as empresas que apostam em a??es socioambientais devem considerar os lastros como a ?gua, o solo e a biodiversidade para serem vinculados ao ativo de redu??o das emiss?es de carbono, ou seja, trata se de uma garantia e um fator que impacta na escolha das empresas que priorizam tais pr?ticas. E o ESG n?o para por a? e vai al?m da descarboniza??o.
No campo social, embora seja poss?vel medir o progresso das iniciativas, elas s?o mais demoradas, pois o indicador mais utilizado ? o IDH (?ndice de Desenvolvimento Humano), que ? realizado anualmente pelo Programa das Na??es Unidas para o Desenvolvimento Humano (Pnud). Por isso, h? espa?o para evoluir nessa agenda social de forma mais acelerada, adotando crit?rios pr?prios consistentes, inclusive comparativos, que permitem uma reestrutura??o, de fato, das mazelas sociais.
Destacam se como exemplos, a distribui??o de parte da receita das organiza??es a programas sociais e ambientais, assim como a implementa??o da agenda de diversidade e inclus?o para desenvolver uma for?a de trabalho mais diversa e diminuir as lacunas sociais nos locais onde s?o aplicadas a??es sustent?veis.
J? a governan?a corporativa, por sua vez, est? mais estabelecida em rela??o ?s m?tricas ESG. Isso porque, dentre os princ?pios da agenda, este ? extremamente relevante para os demais itens da pauta. Ao buscar pr?ticas que v?o al?m da lucratividade, as empresas melhoram a reputa??o entre os stakeholders, o que refletir? em aumento da carteira de clientes, atra??o e reten??o de talentos, melhores condi??es para compras e obten??o de cr?ditos e investimentos.
Para garantir esses benef?cios, as empresas precisam investir em processos audit?veis e verific?veis como seguran?a, certifica??es e blockchain, que permitir?o aos investidores e clientes aplicar a??es de Due Diligence e, assim, garantir que a cadeia de valor ESG esteja em compliance com o que se prega.
Como vimos, com o amadurecimento do ESG, espera se um foco maior dos investidores e das empresas em m?tricas para avaliar e auditar a??es no tema para al?m do marketing. Frente ao contexto apresentado, as iniciativas adotas para avan?ar na divulga??o ESG trar?o mais transpar?ncia ao mercado, sendo essa uma evolu??o necess?ria para que o novo modelo de atua??o das corpora??es seja, de fato, implementado e contribua para a preserva??o do meio ambiente e para a evolu??o de um mundo mais igualit?rio.
Phelipe Spielmann ? fundador e CEO da Bluebell, empresa de tecnologia ambiental respons?vel por criar e administrar ativos ambientais, conectando produtores e compradores de compensa??o ambiental.
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