Startup brasileira combate perfis fake através de NFTs - Cointimes

Startup brasileira combate perfis fake através de NFTs  Cointimes

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A Verifygram, startup brasileira criada por personalidades da comunidade cripto nacional, oferece uma solução nova para o problema dos perfis falsos nas redes sociais.

A enxurrada de perfis falsos nas mídias sociais não é novidade para ninguém, principalmente na comunidade cripto. Quem nunca viu o esquema em que golpistas se passam por figuras notórias e dizem que duplicam ou triplicam depósitos de criptomoedas enviados para determinado endereço? 

O pior de tudo é que as plataformas fazem muito pouco para combater esse problema endêmico. Diversas denúncias acabam sendo em vão, pois as redes sociais, sem maiores explicações, dizem que o perfil não está infringindo nenhuma regra, mesmo quando se trata claramente de uma falsificação. 

Mais do que meros aborrecimentos, a leniência das plataformas com essas práticas pode acarretar perdas patrimoniais consideráveis e, até mesmo, problemas legais. Um dos sócios da Verifygram chegou a ser processado por um sujeito que foi lesado por um farsante que se passava por ele. Aliás, vários dos membros do projeto já sofreram com perfis falsos.

Cansados desse problema, os empresários por trás do Verifygram decidiram combatê lo com uma ferramenta que conhecem bem blockchain.

Phelipe Campodônico é entusiasta e investidor cripto desde 2014, enquanto Artêmio Picanço e Caio Sanas são advogados atuantes na área. Sanas é conhecido por ser especialista em blockchain e criptoativos, sendo presidente da Comissão de Blockchain e Ativos Virtuais da 36° Subseção OAB SP, enquanto Picanço é conhecido por sua atuação na defesa de clientes de supostas pirâmides financeiras envolvendo criptomoedas, como a Atlas Quantum. Além desses, o projeto é composto por três sócios anônimos.

O sistema desenvolvido pelo sexteto é igualmente simples e engenhoso. O cliente faz um cadastro na plataforma e fornece informações pessoais junto com o perfil no Instagram que pretende verificar. Após isso, é necessário enviar documentos que comprovem sua identidade. Por fim, a equipe verifica se tudo está nos conformes e emite um NFT que comprova a autenticidade daquele perfil. Trata se de uma comprovação pública, segura e imutável, pois está permanentemente registrada num blockchain.

Por mais que o envio de documentos possa desincentivar os militantes anti KYC mais radicais, os empresários garantem se tratar de uma medida de segurança. Além da óbvia necessidade de aferir a propriedade da conta a ser tokenizada, a ação pode ajudar a evitar ou combater fraudes ao sistema. Por exemplo, mesmo que um farsante hipoteticamente consiga burlar a verificação da startup e emita um NFT se passando por outra pessoa, a empresa teria documentos que permitiriam identificá lo.

A tokenização é feita na blockchain da Polygon, e a Verifygram tem controle integral do smart contract utilizado no serviço. O token possui a propriedade de não poder ser transferido pelo usuário, sendo mais semelhante a uma carteira de motorista ou um diploma universitário do que um colecionável digital. Caso o cliente perca acesso à carteira com seu token, é possível solicitar, mediante comprovação, a transferência para outro endereço.

Os empresários sabem que, independentemente do sucesso que sua iniciativa alcance, é improvável que o problema dos perfis fake seja completamente resolvido. O objetivo principal, segundo eles, é criar uma “cultura de verificação” nas redes sociais.

“Entrou num perfil? Procure pelo NFT. Não tem? Desconfie, cheque”, diz Phelipe Campodônico.

“Isso vai acabar com os fakes? Não, mas o ‘x’ da questão é esse hoje nós temos 100, depois 1.000, depois 1 milhão, depois 5 milhões de usuários. A intenção é criar um padrão de utilização, como o laudo cautelar de veículo usado, que é muito difícil alguém comprar veículo usado sem ter”, complementa o empresário.

A intenção dos sócios é desenvolver um produto cripto que possa ser utilizado por leigos que nunca tiveram um contato prévio com a tecnologia blockchain. Segundo eles, o projeto pode ser uma excelente porta de entrada para esse mundo. “As soluções atuais são muito nichadas para quem já está no meio cripto, o que contrasta com a missão de universalizar [a tecnologia]”, diz Campodônico.

É justamente com esse intuito que eles pretendem criar uma aba educacional na plataforma, que hospedará conteúdos produzidos por diversos influenciadores do mercado cripto.



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