Plataforma de inteligência artificial deve proteger defensores de direitos humanos - ONU News

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Parceria da ONU com empresa privada Dataminr servirá para detectar ataques contra ativistas e monitorar ameaças e riscos; especialista da ONU diz que processo de acompanhamento precisava ser automatizado.

O Escritório das Nações Unidas para os Direitos Humanos e a empresa digital de dados Dataminr lançaram uma iniciativa para identificar ataques contra defensores de direitos humanos e proteger trabalhadores do setor.

A parceria, que utiliza inteligência artificial, quer monitorar riscos e ameaças a ativistas, jornalistas, advogados e trabalhadores na área de direitos humanos.

De acordo com a Unidade de Indicadores e Dados do Escritório de Direitos Humanos, existe um interesse maior na utilização de dados para não somente acompanhar, mas reportar as ameaças a quem se dedica à defesa dos direitos humanos em todo o globo.

Antes da parceria, a coleta de dados sobre ameaças e ataques aos profissionais do setor era um grande desafio. Sem informações, não é possível compilar relatórios e documentar os riscos enfrentados pelos defensores.

O estatístico da agência da ONU, Marc Titus Cebreros, contou que documentos públicos, às vezes, podem ser confusos. Ele citou exemplos de artigos sobre o mesmo ataque e que ilustram dados e informações contraditórias.

Cebreros e interlocutores costumam se guiar por monitoramento no campo, reportagens da imprensa e até buscas no Google sobre nomes, incidentes e outras informações. Mas para ele, este não pode ser um trabalho manual devido à quantidade de incidentes como assassinatos, sequestros, ameaças e outras ações.

A parceria com a empresa Dataminr, que detecta riscos e sinais de eventos que podem se tornar uma ameaça, também utiliza dados públicos à disposição na internet. E a colaboração tem sido testada, há alguns anos, desde uma outra iniciativa do secretário geral António Guterres sobre inovação.

Com o Escritório de Direitos Humanos, a cooperação já existe desde abril passado, que resultou na construção do modelo para capturar ameaças contra os defensores de direitos humanos mobilizando políticas proativas de proteção e uma resposta rápida.

Para a empresa, os passos mais cruciais foram a coleta e utilização de dados no treinamento com o modelo de inteligência artificial que se baseou em 10 categorias de artigos e notícias de canais de mídia online.

Nessa plataforma, os profissionais vão aprendendo a categorizar os incidentes, os locais, se os autores são um agente do Estado ou não e outros detalhes.

A Dataminr lembra que os modelos de inteligência artificial precisam aprender com os exemplos assim como os seres humanos. Mas como as máquinas não têm a capacidade de raciocínio que uma pessoa tem, é necessário obter o maior número de dados necessários para completar a tarefa.

O primeiro manuscrito documenta todos os processos, passos e instruções da coleta de dados e do modelo de treinamento. O segundo é um repositório que inclui os dados, preparação e processamento dos scripts e avaliação da informação.

O objetivo é melhorar a proteção dos que atuam na defesa dos direitos humanos e evitar riscos fatais.

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